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sexta-feira, 20 de junho de 2014

Relatos de uma Sertaneja - Casamento parte 2

                                                            CAPITULO IV
A situação estava ficando um tanto quanto difícil em Entre Rios, Carlos, meu esposo, estava sem emprego e sem perspectivas, então, no início do ano (1996) surgiu uma oportunidade de trabalho em Salvador, na área de construção civil, por indicação de um amigo.

Por ser um trabalhador responsável e competente em pouco tempo conquistou e construiu seu espaço profissional nos bairros Petromar, Stella Mares e Praia do Flamengo, onde continua trabalhando até os dias atuais.

Eu e os meninos ficamos em Entre Rios, no início tudo bem, mas depois comecei a ficar inquieta, não era certo ele sozinho em Salvador, se era para lutar em busca de uma vida melhor, com mais oportunidades, então que buscássemos juntos. 

Salvador/BA
Carlos ia pouco a Entre Rios e não tínhamos como nos comunicar, essa situação carecia de uma decisão, não dava para continuar daquele jeito.

Os meninos ficaram de férias e eu conversei com eles sobre a possibilidade de morarmos em Salvador com o pai, eles ficaram empolgados. Conversei com Dona Josefa, minha sogra, ela concordou. Sr. Moisés, meu sogro, nos deu o dinheiro das passagens. Tudo resolvido! Desmontamos e empacotamos os móveis, fechei a casa, entreguei a chave a minha sogra e viajei  para Salvador com os meus filhos sem o conhecimento de Carlos; e o mais complicado era que eu nem sabia como chegar até ele.

Essa situação não chegou a me preocupar pelo seguinte: Minha irmã Edileuza morava em Jauá, litoral norte, próximo a Salvador, então quando chegamos à rodoviária comprei um cartão telefônico e liguei para ela avisando que estava na rodoviária e queria ir para sua  casa . Ela me ensinou que ônibus pegar e garantiu que me esperaria no ponto que eu teria que descer e assim aconteceu.

Na manhã do dia seguinte meu cunhado me levou para Stella Mares a procura de Carlos, ao chegarmos  no bairro meu cunhado perguntou ao segurança do Colégio Apoio se ele conhecia Carlos, pedreiro de Entre Rios e para nossa sorte ele não só conhecia como sabia a quadra em que ele estava trabalhando. Em poucos minutos estava diante do meu marido que, perplexo, me perguntou se eu tinha perdido o juízo em vir para Salvador sem avisá-lo, mas minha argumentação foi decisiva, expliquei que não tinha por que ficar em Entre Rios, se ele estava querendo proporcionar o melhor para os filhos que fizéssemos isso juntos. Eu não voltaria para Entre Rios, ficaríamos na casa de minha irmã até ele alugar uma casa.

No final de semana Carlos foi nos buscar em Jauá, porque já tinha alugado uma casa no bairro São Cristóvão, pois ficava bem próximo de seu local de trabalho. No início foi um pouco difícil, dormíamos no chão porque os móveis ainda estavam em Entre Rios, e nossas refeições eram lanches.

Carlos matriculou os meninos em colégios próximos, nos projetos da igreja católica. Em menos de dois meses foi pegar nossos móveis e passamos a ter um pouco mais de conforto.

Comecei a trabalhar de diarista para ajudar nas despesas. Os meninos não davam trabalho mesmo vivenciando um mundo cheio de novidades e influências, eles mantiveram o respeito e a obediência.

Com 36 anos de idade engravidei novamente, no início fiquei triste e preocupada, teria que parar de trabalhar porque era uma gravidez de risco. Fiz todos os exames solicitados pelo médico obstetra e, para minha alegria, eu estava ótima, poderia trabalhar normalmente. Foi uma gravidez tranquila e, no dia 22 de Novembro de 1999, nasceu Moisés Henrique, meu 4º filho. Saudável, pesava 4,800g, um menino lindo e inteligente, outro presente de Deus.

Quando Moisés completou 9 meses, comecei a trabalhar em casa como professora de reforço escolar. Os meninos cresceram e transformaram-se em rapazes trabalhadores.

Em 2001, Carlos Eduardo alistou-se na aeronáutica e foi servir nas forças armadas. Um jovem íntegro e conhecedor de seus deveres enquanto militar. Recebeu por honra ao mérito o título de “Soldado Padrão”, continuou os estudos na aeronáutica, fez duas formaturas, conquistou a simpatia do seu comando e o respeito de seus colegas. Eduardo servia sua pátria por 7 anos, teria uma carreira promissora se essa fosse a sua vocação profissional, mas ele tinha outros projetos, almejava a carreira de jornalista, então decidiu estudar jornalismo. Fez a prova do ENEM e vestibular na Faculdade Jorge Amado, atual UniJorge, passou em ambas. Levou ao conhecimento de seu comando a necessidade de fazer faculdade, pediu permissão e a obteve. Inscreveu-se no programa Faz Universitário e Prouni, conseguiu a bolsa de estudo, matriculou-se na faculdade no turno noturno e durante o dia trabalhava na base aérea.

Quando chegou o momento de estagiar, ele deu baixa na carreira militar e aprofundou-se nos estudos  e estágios. Sua situação financeira ficou um tanto complicada porque as remunerações dos estágios eram mínimas em comparação ao salário de militar, ele não se permitiu desânimo e para melhor estímulo Larissa sua noiva lhe ajudava com dinheiro para o transporte e para o lanche. Era o futuro dois dois que estava sendo construindo, ela também estudava na Faculdade Jorge Amado no curso de turismo.

Chegou o dia da formatura, a cerimônia foi memorável. Eu, Carlos, Jonat,an, Juliana Adson e Moisés estávamos repletos de orgulho; ele muito feliz foi conduzido à frente da bancada cerimonial pela sua noiva Larissa, uma moça linda e digna, que desde o início do namoro sempre foi constante e importante na vida dele, hoje estão casados e felizes.Meu filho conquistou sua vitória a passos firmes, ele é jornalista, fotógrafo e chargista, atua na área de jornalismo político e digital.

Facebook: Bahia Na Lupa
Jonatan, outro guerreiro, corajoso, dedicado aos estudos, um filósofo intelectual. É dono de uma frase categórica: “O homem, para manter sua dignidade, tem que ter dinheiro na carteira, dinheiro adquirido da sua capacidade de trabalhar.”

Começou a trabalhar desde cedo; trabalhou em um laboratório farmacêutico e durante cinco anos trabalhou como caixa na Dismel, uma tradicional e conceituada loja de material de construção, nesse período decidiu fazer faculdade de publicidade e propaganda, fez a prova do ENEM, passou com ótima nota, fez o vestibular na Faculdade Hélio Rocha, passou, vibrou de felicidade, inscreveu-se no programa Prouni e conseguiu 50% da bolsa. Em Agosto de 2008 matriculou-se na faculdade e passou a pagar os outros 50% com seu salário de caixa, mas estava ficando complicado, a outra metade a ser paga era praticamente o valor do seu salário, não sobrava quase nada, então optou por pegar um crédito pela própria faculdade, que custeou os outros 50%.

Conheceu Juliana, sua colega de curso, iniciaram uma boa amizade que de imediato transformou-se em namoro, não podia ser de outra forma, porque Juliana é uma jovem linda, culta, inteligente... Ele fez uma ótima escolha.

Chegou o dia da formatura, pensem na minha felicidade, outro filho formado! A cerimônia da Faculdade Hélio Rocha foi tradicional, voltada tão somente para os familiares, foi emocionante, eu, Carlos, Juliana, Moisés, Eduardo, Adson e Larissa, com muito orgulho, o aplaudimos de pé.

Ele montou com esforço e dedicação sua própria agência de publicidade em parceria com seu colega de curso. Com passos firmes está aos poucos conquistando o concorrido mercado publicitário.

Facebook: Mostarda Publicidade
Está noivo de Juliana, sua companheira de todos os momentos e com certeza, em 2015, se casarão.

Adson Alan, mais um guerreiro sem dúvida. Desde cedo apresentou uma seriedade inigualável, muito dedicado aos estudos determinou-se a buscar o melhor para sua vida.

Por consequência de suas excelentes notas no ensino médio foi contemplado com uma oportunidade de fazer um curso gratuito no SENAI, fez a prova, passou e passou a estudar logística. No início do curso conseguiu um estágio na UCI, uma indústria estrangeira instalada aqui em Salvador. Terminou o curso, recebeu o certificado e quando concluiu o estágio não foi contratado porque ainda era menor de idade.

Ele começou a trabalhar em uma lan house e depois no Supermercado Mini Preço, mas não era somente isso que ele queria, matriculou-se novamente no SENAI para fazer um curso técnico de manutenção mecânica industrial. A mensalidade era cara, mas ele não hesitou, recebia seu salário no supermercado e pagava suas mensalidades, não lhe sobrava nada, nenhum centavo, então eu e o pai ajudávamos com o dinheiro para transporte e pequenas necessidades.


Sua persistência era admirável, porque na idade em que ele estava (18 anos), geralmente os jovens gostam de estar com dinheiro para curtir, mas ele não, seu dinheiro era tão somente para pagar seu curso, seu investimento para o futuro. Graças a Deus seu sacrifício foi compensado, hoje ele é professor do SENAI, um professor competente no que faz e, para completar sua vitória, está estudando engenharia mecânica na UniJorge; em breve, além de técnico, um brilhante engenheiro.

Para conseguir se matricular e estudar, ele contou com a grande ajuda de sua noiva Carla, uma grande mulher que somou muitas coisas boas na vida dele. Já estão casados e desejo com toda sinceridade do meu ser que sejam felizes juntos.

Moisés Henrique, meu caçula, está com 14 anos de idade. É um adolescente tranquilo, estudioso, gosta bastante de vídeo game, é um desenhista nato, desenha os personagens de anime e os guerreiros dos jogos de vídeo game, toca violão muito bem, admira e respeita os irmãos.


Está fazendo um curso na área de tecnologia, em pouco tempo estará no mercado de trabalho.

É fundamental que eu relate algo de suma importância: Todos os três, Eduardo, Jonatan e Adson Alan, trabalharam como ajudante de pedreiro com o pai com total dignidade.

São homens de honra.


Continua...



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quarta-feira, 18 de junho de 2014

Curtamente

COSTUMES DO POVO RUSSO -CURTAMENTE
Realizei uma ampla pesquisa sobre a Rússia e seu povo e fiquei encantada com sua história, suas importantes datas festivas, tradições e costumes inigualáveis.
Então, decidi relatar  em meu blog um pouco dos costumes do povo russo .
São costumes maravilhosos, permeados de tradições, cordialidades e cavalheirismos.
Os russos cultivam a hospitalidade e ser recebido por um deles é algo extremamente prazeroso, o visitante é habitualmente acolhido com brinde de boa wodka, estórias interessantes e sobretudo um abraço que toca o corpo e o espírito.
O caráter hospitaleiro e cordial do povo russo é ainda mais marcante longe das grandes cidades, onde há sempre um nativo disposto a dividir tudo com você ainda que não disponha de muito, nessa ocasião recusar uma bebida ou um alimento oferecido é uma ofensa.
Ao dividir um comportamento com alguém, seja num trem, num restaurante ou equivalente, o russo espera que se tenha com ele o mesmo comportamento; assim ao sentar junto de um deles não esqueça de oferecer e dividir aquilo que se tem para comer, beber ou fumar.
As tradicionais gentilezas próprias do cavalheirismo são apreciadas pelas mulheres, cabe ao homem pagar a conta do restaurante; se sentirá ofendido se isto não acontecer ou se lhe for oferecido dividir os gastos com uma mulher.
A tranquilidade de uma boa chácara faz parte do ser do povo russo.
As "dachas" fazem parte da alma desse povo, pelo menos 30% dos russos possuem uma dessas pequenas chácaras com jardins bem cuidados e pomares produtivos.

Então,basta um final de semana ensolarado para que os centros urbanos se esvaziem e os russos busquem refúgio na tranquilidade de suas "dachas"campesinas.


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Estados Unidos

ESTADOS UNIDOS - cultura e tradição
Os Estados Unidos são uma nação multicultural, lar de uma grande variedade de grupos étnicos, tradições e valores, e cada recanto dos Estados Unidos é único, o que se reflete nos costumes dos seus habitantes.
É um país com mais festas locais e tradicionais que podemos encontrar em qualquer parte do mundo.
A festa mais importante, sem dúvida, de todas as que celebram, é a do dia 4 de julho, o dia da independência.
outra festa muito importante é o tradicional Halloween, festa que se realiza no dia 31 de outubro, em que é comum a famosa frase "doçura ou travessura" com as crianças que vão de casa em casa pedindo guloseimas.
Fonte: curso-internacional.universia.net/eua/viver/cultura.html
Na última quinta-feira do mês de novembro os norte americanos celebram o dia de ação de graças.
O Dia de Ação de Graças é um feriado familiar, onde é normal familiares fazerem longas viagens para estarem reunidos.
Nesse dia as pessoas se juntam para demonstrar a sua gratidão a Deus pelas bençãos e coisas boas recebidas durante o ano,em meio a muita alegria, afetividade e comida farta onde prevalece como prato principal o famoso e suculento peru.

Sinto-me honrada com a disponibilidade de atenção que os Estados Unidos estão concedendo às minhas postagens. Obrigado.


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sexta-feira, 13 de junho de 2014

CONTAÇÃO DE HISTÓRIA


PROJETO
Contando história
OBJETIVO
Espalhar a magia da literatura infantil com ludicidade,envolvendo e desenvolvendo o gosto e o encantamento dos alunos pelo mundo mágico das histórias.
TEMÁTICA
Valor colaborativo das histórias na construção da personalidade das crianças.
CONHECIMENTO PRÉVIO
Saber quem foi Monteiro Lobato, conhecer algumas das suas obras.
ATIVIDADE MOTIVACIONAL 
Momento coletivo da contação de histórias
Solicitar que os alunos tragam de casa seu livro de história preferido, sentados em roda no chão cada aluno contará sua história do jeito que quiser. Para finalizar a professora questiona se gostaram do momento contação de história, e pede que cada um expresse sua opinião.
TÉCNICA DE DESENHO
Cola colorida sobre EVA
MATEMÁTICA
Pega vareta
OFICINA DE ARTE
Mala da leitura (Forrar e decorar uma caixa com tampa fixa, colocar dentro livros de histórias e revistinhas).
RECREAÇÃO DIRIGIDA
Jogo da mímica
ATIVIDADE EXTRA
Narrar as aventuras de João e Maria com fantoches de colher de pau.
MATERIAL
Caixa com tampa fixa, cola quente. 2 colheres de pau, pedaços de tecidos,decoração de EVA, olhinhos, barbante, papel color set e tesoura.
SUGESTÃO DE ATIVIDADES
Roda de conversa: porque contar histórias para crianças
Massinha 
Desenho livre
Brinquedoteca
Gibiteca
Histórias em vídeo
 Histórias contada
Relaxamento com música suave
JOGOS E BRINCADEIRAS
Corrida da bola
Corrida de um pé só
Coelhinho sai da toca
Passe o anel
Amarelinha
AVALIAÇÃO
Reconhecer se os alunos participaram com prazer das atividades, se houve resultado satisfatório.
MENSAGEM POSITIVA
'Contar história é disseminar a magia é o envolver e se divertir, é viajar pelo mundo do conhecimento e da fantasia".
VÍDEO 
A IRMÃ MAIS NOVA DE CHAPEUZINHO VERMELHO.

Josefa Zuleide Reis de Freitas, pedagoga, Salvador, 2014
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sábado, 7 de junho de 2014

Sustentabilidade

SUSTENTABILIDADE É O FUTURO DA HUMANIDADE
Em prática a aprendizagem construtiva sobre o curso : Sustentabilidade no dia-a-dia Orientação ao cidadão.
Aprovada com média 9 pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Sustentabilidade é um fator essencial para a melhoria da qualidade de vida da população e para que aconteça é fundamental o desenvolvimento sustentável.
Desenvolvimento sustentável é uma ação eficiente para atender as necessidades do agora sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem suas próprias necessidades.
É um desafio da sociedade composta por, governos, cidadãos, empresas e entidades da sociedade civil para transformar nosso planeta em um mundo consciente, sustentável e agradável.
CONSUMO E SUSTENTABILIDADE
Consumo responsável
É a busca do equilíbrio entre satisfação pessoal e bem estar da sociedade e da natureza, porque a sua prática aumenta a coleta e o uso de recicláveis para fabricação de novos produtos e novas embalagens.
COMPRAS E CONSUMOS  RESPONSÁVEL
Além do preço e da qualidade do produto é importante conhecer o passado e o futuro do produto, conhecer os impactos sociais e ambientais gerado na produção e descarte do produto.
Substituir os produtos descartáveis pelos duráveis
Evitar o desperdício e usar o produto durante toda sua vida útil.
Economizar água para garantir a existência do planeta, o desperdício tem impacto direto com o futuro da população.
para combater o aquecimento global devemos usar menos energia, uma pequena contribuição que  ajuda bastante é a troca das lâmpadas incandescentes por lâmpadas econômicas.
Dar um novo uso para objetos e materiais já usado
Reaproveitar o que for possível
ATITUDES DE MOBILIZAÇÃO E CIDADANIA
Contribuir na melhoria da qualidade de vida incentivando o desenvolvimento e a prática da sustentabilidade
Preservar o meio ambiente
votar de forma consciente
Utilizar o espaço público com respeito
Valorizar e economizar os recursos naturais para que haja vida saudável em abundância no planeta terra.
"Somos seres pensantes,dotados de raciocínio lógico e inteligência, logo, salvaremos nosso planeta".





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"Relatos de uma Sertaneja - casamento" - Capítulo III

                                                       CAPITULO III

No dia 11 de Novembro do ano de 1981, eu e Carlos nos casamos no civil, sem planejamento, as pressas, porque eu estava grávida, envergonhei meus pais, abusei da confiança deles, antigamente, engravidar antes de casar era motivo de vergonha.

Éramos muito jovens, saímos do controle e o resultado foi “responsabilidade”. Não lamentamos, aceitamos tudo com muita alegria.

Meu casamento simples, sem festa, não me abalou, o que importava mesmo era a felicidade e a expectativa de ser esposa e logo, logo mãe.

Carlos comprou uma cama, um colchão e um fogão. Minha mãe nos presenteou com um botijão de gás (cheio, claro) e eu comprei alguns utensílios de cozinha, toalhas e lençóis. Carlos tinha uma mala onde guardava suas roupas e eu tinha uma caixa. Esses eram nossos móveis.

Fomos morar em uma cabana, isso mesmo, uma pequena e linda cabana, rodeada por árvores frutíferas: cajueiros, coqueiros... Carlos pintou a cabana de branco, fez piso de cimento vermelho e ficou a casinha mais linda desse mundo. Em meus sonhadores 18 anos isso bastava para ser feliz; dois corações apaixonados, onde já batia um terceiro coraçãozinho, que logo nasceria para nossa alegria.

Nosso primeiro almoço no aconchego da cabana foi moqueca de peixe, feita por Carlos, com direito a brinde com champanhe quente.

Em menos de quatro meses Carlos alugou uma casa maior com dois quartos, pois em breve nosso filho nasceria. Compramos o enxoval, o berço, uma cômoda e montamos o quarto do bebê. No dia 5 de Março, do ano de 1982, nasceu Carlos Eduardo, nosso primeiro filho; lindo saudável e tranquilo, um presente de Deus. Todo final de semana íamos para a casa de meus pais, para aquela linda casinha da Escola Rui Barbosa.

Carlos conversava bastante com minha mãe e em uma dessas conversas ele a aconselhou a fazer uma poupança, para que no futuro pudesse comprar sua verdadeira casa. Ela seguiu o conselho e em menos de três anos conseguiu comprar uma casa, ela vibrou de alegria, pois agora era verdadeiramente proprietária. Mudou-se para sua nova casa, mas sempre cuidava com carinho da casinha da escola, onde trabalhou   por 35 anos, sendo sempre querida pelos alunos, professores e demais funcionários.

No dia 4 de Julho de 1984, nasceu nosso segundo filho, Jonatan, um bebê lindo, forte, tranquilão, outro presente de Deus; e assim seguia em frente nossa trajetória familiar.

Nossa condição de vida era simples, porém confortável, mas tempos depois essa condição começou a mudar, Carlos perdeu o emprego na empresa de ônibus São Geraldo, então decidiu trabalhar por conta própria. Comprou uma barraca e começou a vender verduras na feira com ajuda de meus irmãos Bido e Vilma, mas isso não estava dando lucro, Carlos não tinha vocação para o “negócio” e a concorrência era enorme. Ele começou a ficar preocupado, não sabia o que fazer para manter o mesmo padrão de sustento à sua família, foi então que ele recebeu uma proposta do cunhado, esposo de sua irmã Maria, para formar sociedade no restaurante que ele tinha em Esplanada/BA.

Esplanada/BA
Carlos viu aí uma luz, oportunidade boa, não teve dúvidas e pegou todo dinheiro que tinha recebido da Empresa São Geraldo, viajou para Esplanada e investiu tudo na sociedade. Não nos levou logo porque John tinha somente 1 mês de nascido, não podia ser exposto a uma viagem longa.

Em menos de 30 dias Carlos veio nos buscar, mãe ficou triste, pois eu estava com dois filhos pequenos e ia morar em uma cidade distante, meu pai até chorou, pois ele gostava de ir para minha casa e ficar brincando com Eduardo (Gugu).

Fomos morar na casa da irmã de Carlos até encontrar uma casa próxima do restaurante para alugar. Não foi boa ideia. Ela que sempre demonstrou gostar de mim, em pouco tempo começou a me tratar mal, impor obrigações que eu sozinha não dava conta. Tinha que lavar as roupas, cuidar da casa e dos meus filhos... Eu não podia dizer não, estava precisando dela. Para completar, Eduardo ficou doente, ele tinha apenas 2 anos, necessitava de cuidados e atenção, então eu tinha que cuidar da saúde dele, de John, que era um bebê de 2 meses e da casa dela.

Por causa dessa sobrecarga e de tantas preocupações adoeci, peguei uma infecção séria. Carlos me levou ao médico que receitou 30 injeções de antibiótico e repouso. Como repousar? Quem cuidaria das crianças? E a situação na casa de minha cunhada continuava constrangedora e desagradável.

Carlos alugou uma casa e foi em Entre Rios buscar Belisco, seu sobrinho para me ajudar. Graças a Deus a gente se dava muito bem, ele me ajudou muito.

A sociedade no restaurante não estava dando certo, não foi o esperado, não estava acontecendo um retorno financeiro satisfatório e não estava havendo concordância entre Carlos e o cunhado. O resultado foi terminar a sociedade, Carlos recebeu menos da metade do investimento financeiro aplicado no restaurante. Ele alugou um pequeno ponto e abriu um bar, que também não deu certo. As preocupações voltaram. Como pagar o aluguel? Como sustentar a família? Ele resolveu tentar a sorte em Entre Rios, sua terra natal, onde seus pais moram. Lá, por mais que procurasse, não encontrava emprego, então começou a trabalhar como ajudante de pedreiro, não deixaria sua família passar necessidade.

Tempos difíceis para esse jovem homem, que em pouco tempo ficou sem emprego, sem dinheiro e com esposa e dois filhos pequenos para sustentar. Ele não mediu esforços, não escolheu trabalho, buscou com dignidade o sustento da família.

Foi me buscar em Esplanada, passamos a morar na casa de seus pais, foi tranquilo,  todos gostavam de mim. Moramos lá por pouco tempo, meu sogro tinha duas outras casas no bairro Bela Vista e deu uma para nós, na outra morava um irmão de Carlos.  Era uma casa grande, dois quartos, mas era de taipa, não tinha piso nem reboco, Carlos arrumou ela todinha! Fez piso de cimento, rebocou, pintou, arrumou o banheiro, fizemos um jardinzinho na frente, ficou muito linda, fiquei feliz, tínhamos agora um cantinho nosso e, para completar, tinha um enorme quintal cheio de árvores frutíferas, os meninos tinham espaço para brincar a vontade.

Entre Rios/BA
No inverno a gente plantava feijão fradinho, milho e quiabo. Minha sogra me deu um galo e uma galinha. Nossa! Essa galinha botava tantos ovos, eram tantos pintinhos que nasciam, era uma festa para os meninos! Eles brincavam e cresciam em um ambiente tranquilo, espaçoso, saudável e alegre.

Carlos começou a trabalhar em firma de construção civil, voltamos a ter um padrão de vida razoável.
No dia 2 de Maio de 1988 nasceu nosso terceiro filho, Adson Alan, outra criança saudável, forte e tranquilo, benção de Deus.

Os meninos cresceram, foram para a escola, fizeram catequese e primeira comunhão. Procurei ensiná-los valores: Amor, respeito, verdade, humildade, honestidade, fé e esperança, a acreditar e confiar em Deus, Jesus Cristo e Nossa Senhora.


Continua...


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sexta-feira, 6 de junho de 2014

São João

PROJETO
São João
OBJETIVO
 Ampliar a cultura da criança a partir do contato com festas tradicionais brasileiras.
TEMÁTICA
Mês de junho e suas festividades religiosas
ATIVIDADE MOTIVACIONAL
Organizar os alunos em dupla e propor que cantem no microfone canções juninas ou outras canções que eles gostem, e para finalizar a professora canta juntamente com eles.
TÉCNICA DE DESENHO
Cola colorida sobre papel celofane
MATEMÁTICA
Corrida dos números
OFICINA DE ARTE
Dobradura de balão
RECREAÇÃO DIRIGIDA
Passe o chapéu
ATIVIDADE EXTRA
Apresentação de quadrilha
MATERIAIS
Papel seda,celofane,ofício colorido, cola barbante,revistas
ATIVIDADES DIVERSIFICADAS
Pesquisa: os Santos junino
Vídeos: A lenda da fogueira de São João,os perigos de soltar balões
Impressão de fogueira
Fazer mural junino
Desenho livre
Roda de conversa
JOGOS E BRINCADEIRAS
Concurso de traque
 estourar balões (cheios de bombons)
Boliche
Cantiga de roda
três, três passará
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Combinar com os alunos sobre a apresentação da quadrilha de forma dinâmica  e diferente eles iniciam a apresentação dançando ao som da música mas, em determinado momento a música para e eles continuam dançando e cantando como se nada tivesse acontecido e assim sucessivamente até o final da apresentação.
AVALIAÇÃO
Reconhecer se os alunos foram participativos se memorizaram os passos e as orientações sobre a apresentação da quadrilha.

Josefa Zuleide Reis de Freitas, pedagoga. Salvador, 2014

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