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terça-feira, 17 de março de 2015

"Precisa-se de Matéria Prima para construir um País,

                                
                                TEXTO DE JOÃO UBALDO RIBEIRO

"Precisa-se de Matéria Prima para construir um País.
A crença geral anterior era que Collor não servia, bem como Itamar e Fernando Henrique.
Agora alguns dizem que Lula não serviu e que Dilma não serve. E o que vier depois de lula e Dilma também não servirá para nada...
Por isso estou começando a suspeitar que o problema não está no ladrão corrupto que foi Collor ou na farsa que foi o Lula. O problema está em nós.
Nós como POVO.
Nos como matéria prima de um país.
Porque pertenço a um país onde a "ESPERTEZA" é a moeda que sempre é valorizada, tanto ou mais do que o dólar.
País onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família, baseada em valores e respeito aos demais.
Pertenço a um país onde lamentavelmente, os jornais não poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nas calçadas onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO OS DEMAIS ONDE ESTÃO.
Pertenço a um país onde a gente frauda a declaração de imposto de renda para não pagar ou pagar menos impostos.
pertenço a um país onde os diretores das empresas não valorizam o capital humano.
Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e depois reclamam do governo por não limpar os esgotos.
O povo saqueia carga de veículos acidentados nas estradas, dirige após consumir bebida alcoólica, compra produtos pirata com plena consciência de que são piratas, pega atestado médico sem está doente só para faltar ao trabalho.
E quer que os políticos sejam honestos.
O brasileiro reclama de que afinal?
Aqui nossos congressistas trabalham dois dias por semana para aprovar projetos e leis que só servem para afundar o que não tem,encher o saco do que tem pouco e beneficiar só alguns.
Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, fica em pé no ônibus, porque a pessoa que está sentada finge que dorme para não dar o lugar.
Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o pedestre
Um país onde fazemos um monte de coisa errada,mas nos esbaldamos em criticar nossos governantes.
Como "Matéria Prima" de um país, temos muitas coisas boas, mas nos falta muito para sermos os homens e mulheres de que nosso país precisa
Esses defeitos, essa "ESPERTEZA BRASILEIRA" congênita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até converter-se em casos de escândalos, essa falta de qualidade humana, mais do que Collor, Itamar, ou Fernando Henrique é que é real e honestamente ruim, porque todos eles são brasileiros como nós, ELEITOS POR NÓS nascidos aqui não em outra parte...
Entristeço-me.
porque ainda que Dilma renunciasse hoje mesmo, o próximo presidente que a suceder terá que continuar trabalhando com a mesma matéria prima defeituosa que como povo, somos nós mesmo.
E não poderá fazer nada...
Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor. Mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá.
Não serviu Lula nem a Dilma, nem servirá o que vier. Qual a alternativa?
Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror?
É muito gostoso ser brasileiro, mas quando essa brasilinidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como nação ai a coisa muda...
Nós temos que mudar! Um novo governante com os mesmos brasileiros não poderá fazer nada...
 Está muito claro...
Somos nós que temos que mudar.
Agora, depois desta mensagem decidi procurar o responsável, não para castiga-lo, senão para exigir-lhe que melhore seu comportamento e que não se faça de surdo, de desentendido.
Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO.

Josefa Zuleide


Salvador, 2015. 

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Novos desafios do conflito político e social

As manifestações de rua realizadas no último fim de semana , na sexta-feira (13) e no domingo (15), abrem uma nova etapa e trazem o conflito político e social a patamar mais elevado…
O condomínio oposicionista – formado por partidos neoliberais e conservadores liderados pelo PSDB e a mídia golpista – apoiado em grupos de agitação organizados nas redes sociais – encontrou um modus operandi, para intensificar a contestação ao governo da presidenta Dilma e incrementar planos desestabilizadores. Conjugam agora ação parlamentar, governamental (nos poderes locais), o denuncismo através dos meios de comunicação e as manifestações de rua.
Atos em apoio a Dilma, Petrobras e aos trabalhadores, na sexta (13). | Foto: Flickr
Atos em apoio a Dilma, Petrobras e aos trabalhadores, na sexta (13). | Foto: Flickr
Em junho de 2013, foi feito o primeiro ensaio, com a instrumentalização dos protestos por reivindicações sociais difusas. Agora, sob o pretexto de “combater a corrupção”, fomentaram mobilizações em que foram levantadas bandeiras francamente reacionárias, pregaram o golpe, o retorno à ditadura militar e a intervenção estrangeira no país. Desenterraram das catacumbas o discurso anticomunista, agitaram à exaustão o ódio ao principal partido no governo, o Partido dos Trabalhadores, com o que se pretende estigmatizar toda a esquerda, ofenderam a honra de uma estadista de conduta ilibada e querida pelo povo, reeleita há menos de cinco meses.
É necessário assinalar entre parênteses a contradição em termos entre o combate à corrupção e o pedido de retorno ao regime militar, bem assim o antagonismo entre este suposto combate e o governo tucano do ex-presidente FHC, porquanto se houve dois períodos em que a corrupção mais grassou na história republicana brasileira, foram exatamente de 1964 a 1985, quando vigorou a ditadura dos generais, e de 1995 a 2002, durante os dois mandatos do ex-professor da Sorbonne.
A marcha golpista deste domingo só foi possível pela desfaçatez com que a mídia golpista exerce o monopólio dos meios de comunicação. A convocação sistemática das manifestações, a criação de um ambiente propício ao golpe desmascaram estes veículos como instrumentos dos mais escusos interesses antinacionais e antidemocráticos. Prepararam a marcha golpista deste domingo como se fora um ato cívico, pacífico, familiar e patriótico, convergindo para uma palavra de ordem central: “Fora, Dilma! Fora, PT!
Ato contra Dilma, dia 15. Cenas que as tevês não mostraram. | Foto: Flickr
Ato contra Dilma, dia 15. Cenas que as tevês não mostraram. | Foto: Flickr
A palavra de ordem “Fora, Dilma!” é a expressão do revanchismo das forças derrotadas nas eleições presidenciais de 2014. Algo desprovido de sentido, uma vez que o segundo mandato mal começou.
Não fosse a cortina de desinformação e intoxicação da opinião pública, pelas quais é responsável a usina de mentiras da mídia golpista, a população brasileira estaria melhor conscientizada de que Dilma Rousseff tem planos de governo consoantes os compromissos que assumiu durante a campanha eleitoral, metas factíveis a atingir, organiza sua governança, elabora programas administrativos, dispõe-se ao diálogo com a sua ampla base de sustentação política-parlamentar e os setores organizados da sociedade, e está combatendo firmemente a corrupção em harmonia republicana com os órgãos investigativos e o Poder Judiciário.
A palavra de ordem não faz sentido, a não ser como expressão de uma luta política que assume caráter francamente golpista por parte do condomínio oposicionista. Um desvario, uma aventura, um tiro na água, que não leva em conta a correlação real de forças, a capacidade política e administrativa do governo, a base política e popular, o valor que tem para a esmagadora maioria do povo brasileiro na imensidão do território nacional que tem apego aos programas sociais do governo e, logicamente, apreço à mandatária.
Do ponto de vista jurídico, o pedido de impeachment é de um absurdo ainda maior, denota a ignorância de quem o faz e promove. A menos que rasguem a Constituição, o que só seria possível por um golpe de força, Dilma Rousseff não é vulnerável ao impeachment porque não cometeu nem cometerá crime de responsabilidade. Politicamente, seu governo tem todas as condições para construir a aliança necessária para rechaçar nas casas legislativas qualquer iniciativa nessa direção.
As primeiras reações da mídia e das lideranças políticas da aliança PSDB-DEM-PPS após as manifestações do último domingo mostram que o conflito político aberto entre dois campos nitidamente opostos veio para ficar e tende a intensificar-se. Pretende-se que uma vez “nas cordas”, a presidenta não teria outro caminho para sobreviver como mandatária senão “ouvir as ruas” (do dia 15), o que significaria governar para os adversários da democracia, da soberania nacional e do progresso social.
Mosaico com fotos das duas manifestações. | Fotos: Flickr
Mosaico com fotos das duas manifestações. | Fotos: Flickr
Nada disso deveria surpreender. A rigor, o conflito em curso é o prolongamento da peleja política-eleitoral do ano passado e o corolário lógico de uma luta de fundo que se desenvolve ininterruptamente há longo tempo na sociedade brasileira. A elevação do nível do conflito político também não deve causar temor. O que se espera das forças consequentemente de esquerda e progressista é que compreendam a natureza e o sentido dos acontecimentos, marchem e se coloquem à altura dos desafios, com nitidez programática e adequados métodos de luta, o que pressupõe conhecer a natureza do inimigo e a convicção de que está descartada a conciliação com este.
A encruzilhada diante da qual se depara o povo brasileiro implica a opção de avançar na realização de mudanças estruturais – o que significa adotar um programa patriótico, democrático e popular correspondente às verdadeiras necessidades da nação e aspirações do povo – ou ceder às classes dominantes e seus aliados imperialistas internacionais. Cair no defensivismo ou render-se a uma agenda contraditória com o programa vencedor nas eleições seria uma atitude inconsequente. Como afirmou o presidente nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), em declarações ao Portal Vermelho logo após as manifestações do domingo, “tal como no segundo turno das eleições de 2014, agora com mais desassombro é preciso unir todas as forças possíveis interessadas em continuar o avanço das conquistas sociais e em defesa do Brasil; cabe ao governo Dilma aplicar mais ainda o projeto de governo por meio de constante diálogo que una e amplie a base social que a elegeu e reforce a perspectiva de novas conquistas”.
Nesse sentido, “ouvir a voz das ruas” é principalmente tomar em consideração a mensagem das urnas e a vontade popular que se expressou nas manifestações da sexta-feira passada, que associaram o apoio ao mandato da presidenta à luta em defesa dos direitos sociais e pela realização de reformas.
O desafio deve ser respondido com novas manifestações com caráter progressista e em apoio ao governo democrático-popular liderado pela presidenta Dilma, com a batalha das ideias e com inflexões da agenda política para a esquerda, aumentando a capacidade de unir formas democráticas, patrióticas e populares.


Redação BNL
Autor: Redação BNL
Bahia na Lupa é um site de reportagens. Queremos provar que, assim como a poesia, o texto jornalístico não precisa de pressa.
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segunda-feira, 16 de março de 2015

Série ‘O paraíso Boipeba’: Moreré, o ‘Caribe baiano’

Moreré, uma porção surreal da beleza do planeta terra. O ‘Caribe Baiano’! Se você sempre desejou saber a personificação do paraíso e ainda não se contentou com as amostras dadas na série especial ‘O paraíso Boipeba’, neste último capítulo a Rota Bahia na Lupa lhe traz essa comprovação. Moreré é a praia de Boipeba que faz o visitante se desplugar, desapegar de toda a vida urbana e suas esquisitices estressantes. É um refúgio de beleza, simplicidade e paz.
O 'Caribe baiano': Moreré e sua beleza singular. | Foto: Cadu Freitas/BnL
O ‘Caribe baiano': Moreré e sua beleza singular. | Foto: Cadu Freitas/BnL
Não é a toa que o lugar é carinhosamente chamado por turistas de o “Caribe Baiano”. As águas azul turquesa do mar que banha essa porção da ilha são de encantar. Entrar nelas é um ultimato, sair um desaforo à natureza.
Chegando pela vila de pescadores. | Foto: Cadu Freitas/BnL
Chegando pela vila de pescadores. | Foto: Cadu Freitas/BnL
No desembocar da vila de pescadores, as sombras de frondosas árvores dispensam sombreiros ou o aconchego de bares e pousadas. Há quem durma, faça piquenique ou simplesmente contemple a beleza do mar de uma dessas guaridas.
É encantador o lugar... | Foto: Cadu Freitas/BnL
É encantador o lugar… | Foto: Cadu Freitas/BnL
Chegar em Moreré é uma aventura a parte. Há três formas, todas elas sedutoras. A primeira, e mais fácil, é pegar uma lancha no porto de Boipeba. É rápido, contempla-se a beleza das praias do Porto da Barra, Tassimirim e Cueira. A segunda, à pé. Pela praia e por trilhas, passando pelo mesmo trajeto da lancha. Mais lento, claro, mas dá para curtir mais detalhadamente os cartões postais.
Ir à Boipeba e não passar ao menos um dia em Moreré é um "crime"... | Foto: Cadu Freitas/BnL
Ir à Boipeba e não passar ao menos um dia em Moreré é um “crime”… | Foto: Cadu Freitas/BnL
A terceira opção de trajeto é o mais ‘radical’, para quem curte ecoturismo. Pela Matança, lugarejo da sede de Boipeba, chega-se à estação dos tratores. Esses veículos levam dezenas de turistas à Moreré, pelas dunas, com o custo de R$ 10 por pessoa. O trajeto leva pouco mais que 20 minutos.
Estação dos tratores... | Foto: Cadu Freitas/BnL
Estação dos tratores… | Foto: Cadu Freitas/BnL
A paisagem é deslumbrante. Fora a emoção quando dois tratores se cruzam na apertada trilha no areal. Os hábeis condutores, nativos locais, dão emoção ao trajeto.
Aventura no trajeto pelo areal. | Foto: Cadu Freitas/BnL
Aventura no trajeto pelo areal. | Foto: Cadu Freitas/BnL
Em Moreré, dos seus coqueirais declinados em vênia ao belo mar, da mata beirando as ondas da praia, há lugares meio desertos, onde casais se namoram dentro d’água, onde amigos e familiares se confraternizam.
Conheça esse delicioso paraíso... | Foto: Cadu Freitas/BnL
Conheça esse delicioso paraíso… | Foto: Cadu Freitas/BnL
Seja ao som do violão, regado à água de coco, ou no brinde de uma cervejinha bem gelada, o lugar é gigante em beleza e esplendor. Voltar para casa é um martírio. Dá dó deixar aquele lugar.

Veja todas as matérias da Série Especial e as Crônicas de Verão em Boipeba:

Carlos Eduardo Freitas
Jornalista, fotógrafo e chargista. Atua na área de jornalismo político e digital, editoração eletrônica e diagramação, escreveu reportagens para diversas revistas, trabalhou na Redação da Band News FM e realizou consultoria em comunicação para entidades como o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), entre outras.
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quinta-feira, 12 de março de 2015

Páscoa 2015

APRESENTAÇÃO
Um dos papeis fundamentais da escola é levar o aluno a conhecer as principais manifestações culturais do seu meio e construir uma relação de respeito com elas.

PROJETO
Páscoa

ANO DE ENSINO
03 a 06 anos de idade

TEMA
Vida e amor

OBJETIVO
Proporcionar a criança o entendimento e vivenciar o significado da páscoa.

JUSTIFICATIVA
A objetividade do projeto é focar o sentido da páscoa naquilo que realmente representa do ponto de vista humano, descobrindo assim, novos aspectos que não o de exploração comercial, conduzindo desde cedo à criança a descoberta das características morais e sociais presentes de forma tão ampla na trajetória e história da vida de Jesus cristo.

ROTEIRO DE ATIVIDADES
TÉCNICA DE DESENHO
Impressão de ovo de páscoa (decorar com cola colorida, guache ou giz de cera).

MATEMÁTICA
Amarelinha

OFICINA DE ARTE
Dobradura de coelho

RECREAÇÃO DIRIGIDA
“Coma o pão e não sorria”
Os alunos em rodinha.
A professora entrega um pão para um aluno (a) que deve tirar um pedaço colocar na boca olhando fixamente para o colega ao lado sem “sorrir” até ter mastigado e engolido, passa o pão para o colega que passará adiante do mesmo modo. Quem sorrir sai da brincadeira até que se tenha um ganhador. (é interessante e as crianças gostam)

VÍDEO
“A história da páscoa contada por crianças fantásticas”

HISTÓRIA
A origem do ovo da Páscoa

RODA DE CONVERSA
Por que páscoa?
Qual o significado da páscoa?
Por que os símbolos?
O que quer dizer “viver o amor”
Por que estamos mudando o verdadeiro sentido da páscoa?

POESIAS E MÚSICAS
Que tratem sobre a páscoa.

CURIOSIDADE
Com ajuda dos pais, pesquisar na internet os símbolos da páscoa e conhecer os seus significados.

JOGOS E BRINCADEIRAS
Cadê o ovo?
Cantiga de roda
Hop, Hop coelhinho.
Coelhinho fora da toca
Corrida da bola...

AVALIAÇÃO
Será realizada de forma continua, através da observação diária feita pela professora (or) bem como a interação, interesse e coletividade dos alunos na realização de atividades em grupo ou individual.

PEDAGOGIA, Salvador, 2015

Josefa Zuleide.






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O Panelaço da barriga cheia e do ódio. (Juca Kfouri)

                                                           JUCA KFOURI - 09/03/2015

Nós brasileiros, somos capazes de sonegar meio trilhão de reais de Imposto de renda só no ano passado.
Como somos capazes de vender e comprar DVDs piratas, cuspir no chão,desrespeitar o sinal vermelho, andar pelo acostamento, e ainda por cima votar no Collor, no Maluf, no Newtão Cardoso, na Roseana, no Marconi Pirillo ou no Palocci.
O Panelaço nas varandas gourmet de ontem não foi contra a corrupção, foi contra o incômodo que a elite branca sente ao disputar espaço com esta gente diferenciada que anda frequentando aeroportos, congestionando o trânsito e disputando vaga na universidade.
Elite branca que não se assume como tal, embora seja elite e branca; eu sou.
Elite branca, termo criado pelo conservador Cláudio Bresser pereira, fundador do PSDB e ex-ministro de FHC que disse:
"um fenômeno novo na realidade brasileira e o ódio político, o espírito golpista dos ricos contra os pobres.
O pacto nacional popular articulado pelo PT desmoronou no governo Dilma e a burguesia voltou a se unificar.
Surgiu um fenômeno nunca visto antes no Brasil, um ódio coletivo da classe alta, dos ricos a um partido e a uma presidenta. Não é preocupação é medo é ódio.
Decorre do fato de se ter, pela primeira vez um governo de centro-esquerda que se conservou de esquerda, que fez compromisso, mas não se entregou, continuou defendendo os pobres contra os ricos.
O governo revelou uma preferência forte e clara pelos trabalhadores e pelos pobres.
Nos últimos anos da presidenta Dilma, a luta de classes voltou com força, não por parte dos trabalhadores, mas por parte da burguesia insatisfeita.
Quando os liberais e os ricos perderam a eleição não aceitaram isso e antidemocraticamente, continuaram de armas em punho.
E de repente, voltávamos ao Undeismo e ao golpismo".
Nada diferente do que pensa o empresário também tucano Ricardo Semler que ri quando lhe dizem que os escândalos do Mensalão e da Petrobrás demostraram que jamais se roubou tanto no país.
"santa hipocrisia", disse ele.
"Já se roubou muito mais , apenas não era publicado, não ia para as redes sociais".
Sejamos francos; tão legítimo como protestar contra o governo é a falta de senso do ridículo de quem bata panelas de barriga cheia,mesmo sob o risco de riscar as de Teflon, como bem observou o jornalista Sakamoto.
Ou a falta de educação ao chamar uma mulher de "vaca" em quaisquer dias do ano ou no Dia Internacional da mulher. repetindo a cafajestagem do jogo de abertura da copa do mundo ao vaiar sua Presidenta.

Aliás, como bem lembra o artista plástico Fábio Tremonte; "Nem todo mundo que mora em bairro rico participou do panelaço, muitos não sabiam onde ficava a cozinha".
Já na zona leste, em São Paulo, não houve panelaço, nem se ouviu o pronunciamento da presidenta Dilma porque faltava luz na região, como tem faltado água, graças aos bom serviços da Eletropaulo e Sabesp.
Dilma Rousseff gostemos ou não foi democraticamente reeleita em outubro passado.
Que as vozes de Bresser Pereira e Semler prevaleçam sobre as dos Bolsonaros, é o mínimo que se pode esperar de quem queira verdadeiramente um País mais justo e fraterno.
E sem corrupção, é claro!

http://blogdojuca.uol.com.br/2015/03/o-panelaço-da-barriga-cheia-e-do-odio/

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quarta-feira, 11 de março de 2015

A Resiliência

"Resiliência é a habilidade de persistir nos momentos difíceis mantendo a esperança e a saúde mental".

Os estudos sobre a resiliência começaram há 30 anos quando esse conceito ainda estava relacionado as condições inatas para resistir e ter imunidade aos estressores e não se tornar vítima. Os percussores do conceito de resiliência são palavras como, invencibilidade ou vulnerabilidade, termos usados na literatura para sugerir que algumas crianças são totalmente imunes a qualquer adversidade.
Crianças resilientes tornam-se mais forte após situações difíceis.
Força, coragem e otimismo são atributos da personalidade da criança resiliente, ela é dotada de características genéticas e psicológicas naturalmente vocacionadas para a criação de redes de afetos que funcionam como suporte para a vida.
A emergência dos estudos em resiliência nas ultimas décadas representa uma abordagem para conhecer como a criança se desenvolve quando confrontada com circunstâncias adversas. Nesta situação focaliza-se nos fatores de riscos e nos muitos problemas da criança e adolescente ( como o uso de drogas, álcool, comportamento violento, psicopatologia), no entanto importantes aprendizados podem se adquirir pela convivência com pessoas que ultrapassaram com sucesso estes problemas.
Mesmo sabendo dos avanços que a resiliência pode oferecer na área da saúde e na área  do ensino/aprendizagem, deve-se ter a preocupação em não transformar a resiliência num conceito de "foco do agora"que substime circunstâncias de vida penosa para a criança ou adolescente, como por exemplo o contexto de violência.
O foco na promoção da resiliência não deve substituir as políticas de combate a desigualdade social e condições de vida precárias de alguns indivíduos. A Resiliência incorporada na medida certa aos estudos na área do ensino/aprendizagem e principalmente na área das políticas sociais pode render frutos louváveis.

Josefa Zuleide 



Pedagogia, salvador, 2015.
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