O presente texto tem como tema a avaliação na
pré-escola e o esclarecimento de que o processo de avaliação não começa nem
termina na sala de aula, sendo um processo pedagógico, envolve planejamento, a
observação e o desenvolvimento do processo de ensino, e só faz sentido quando
provoca o desenvolvimento do aluno.
O
Surgimento dos processos avaliativos em educação infantil deve ser questionado em
torno de sua intencionalidade básica. A exigência de um processo formal de
avaliação na educação infantil surgiu como elemento de pressão das famílias de
classes médias e não absolutamente por propostas verdadeiramente pedagógicas.
Dessa
forma, a prática avaliativa surge como um elemento de controle sobre a escola e
o professor que se vê com a tarefa de comprovar o trabalho realizado via
avaliação das crianças. Segundo HOFFMANN (2000) O processo de avaliação na
educação infantil perpassa por três passos fundamentais: Conhecer o nível de
desempenho da criança, comparar essa informação com aquilo que é importante no
processo educativo, tomar as decisões que possibilitem os resultados desejados.
A
avaliação na pré-escola é por demais complexas, porque depende diretamente da
observação das crianças em suas explorações permanentes do mundo e da
aproximação dos professores com a realidade sociocultural das crianças. O
processo avaliativo entra em sintonia quando há um sentido significativo das
ações cotidianas e pensamentos das crianças.
Segundo
PIAGET, a criança constrói o
conhecimento na sua interação com o objeto. O processo avaliativo não entra em
sintonia com um planejamento rígido de atividades por um professor com rotina
flexível, com temas previamente definidos, onde os conhecimentos construídos
pelas as crianças não são levados em conta.
Portanto,
avaliar na pré-escola exige dos professores muita observação, reflexão,
registro diário e, sobretudo grande parcela de sensibilidade.
REFERÊNCIA: Texto retirado do livro:
Avaliação na pré-escola, capitulo 03 de Jussara Hoffmann. Porto Alegre. 2000.
ZULEIDE FREITAS