RESUMO
O
presente texto tem como finalidade discutir sobre a organização do espaço
educativo na EJA. Discutir essa temática requer uma analise das questões
teóricas e metodológicas relacionadas aos acontecimentos históricos, as
decisões tomadas pelos os governantes do nosso país, às constantes mudanças nas
determinações legais. Refletir o fato de que a EJA permaneceu no espaço do
esquecimento por um longo período, uma vez que as ações de atendimento
governamental eram espessas e desarticuladas.
EJA
As
primeiras iniciativas com relação à educação básica de jovens e adultos se
desenham a partir dos anos 30, quando a oferta de ensino público primário
gratuito e obrigatório, se torna direito de todos embora com variadas
interpretações nos estados e municípios. (PARECER
CNE, 11/2000, p.49)
Segundo
BARCELOS (2006) Hoje a Educação de
Jovens e Adultos, é concedida como algo permanente e que transcende o espaço
escolar. Não está mais em vigor o pensamento de que essa modalidade de educação
é uma simples fase destinada ao preenchimento de lacunas na formação de
pessoas. Essa mudança tem consequência no conceito e no exercício do trabalho
do professor de jovens e adultos.
Nesse
sentido, percebe-se que a EJA não objetiva simplesmente um preenchimento de
vazios e lacunas. Visa a retomada da escolarização com formas alternativas de
estudo que propiciem estrutura e confiança ao professor, oportunidade e
desenvolvimento produtivo no aluno jovem quanto
no aluno adulto.
A LDB, 9.394/96
determina que o sistema assegurem oportunidades educacionais para jovens e
adultos, mas não explicita sua obrigatoriedade, muito embora essa
obrigatoriedade esteja presente no dispositivo do inciso I no artigo 04.
CONCLUSÃO
De
qualquer modo, essas oportunidades devem suprir as necessidades educacionais do
jovem e do adulto com defasagem escolar. É comum justificar a oferta de cursos
da EJA como resgate de uma divida que a sociedade tem com uma parcela da
população carente, jovem e adulto que por alguma razão não tem a escolaridade
formal correspondente ao ensino fundamental ou médio. Os cursos da EJA devem
ser organizados, com currículo apropriado considerando as dificuldades do aluno,
seus interesses, condições de vida e trabalho, deve propiciar a compreensão de
leitura da realidade, oferecer uma educação ampla vinculada ao mundo da escola,
ao convívio social e ao trabalho.
É
correto afirmar que a EJA não é um presente, tal como antes a prática das
políticas educacionais a viam. Desde a constituição de 1988 tornou-se um
direito de todos que não tiveram acesso à escolaridade e de todos que tiveram acesso,
mas não puderam completa-la. Em fim, a organização do espaço educacional da EJA
deve priorizar a democratização como meta, no sentido de propiciar pleno
atendimento da demanda em instituições de ensino, a oferta de educação
profissional, garantir a permanência dos alunos até a ultima etapa, com
adequada aprendizagem ao longo de todo o curso.
FONTE DE PESQUISA:
portal.mec.gov.br/seb/artigopdf
www.bibliotecadigital.ufmig.br
JOSEFA ZULEIDE