terça-feira, 29 de setembro de 2015

ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO EDUCATIVO NA EJA

                    

                                                       RESUMO
O presente texto tem como finalidade discutir sobre a organização do espaço educativo na EJA. Discutir essa temática requer uma analise das questões teóricas e metodológicas relacionadas aos acontecimentos históricos, as decisões tomadas pelos os governantes do nosso país, às constantes mudanças nas determinações legais. Refletir o fato de que a EJA permaneceu no espaço do esquecimento por um longo período, uma vez que as ações de atendimento governamental eram espessas e desarticuladas.
                                                     EJA
As primeiras iniciativas com relação à educação básica de jovens e adultos se desenham a partir dos anos 30, quando a oferta de ensino público primário gratuito e obrigatório, se torna direito de todos embora com variadas interpretações nos estados e municípios. (PARECER CNE, 11/2000, p.49)
Segundo BARCELOS (2006) Hoje a Educação de Jovens e Adultos, é concedida como algo permanente e que transcende o espaço escolar. Não está mais em vigor o pensamento de que essa modalidade de educação é uma simples fase destinada ao preenchimento de lacunas na formação de pessoas. Essa mudança tem consequência no conceito e no exercício do trabalho do professor de jovens e adultos.
Nesse sentido, percebe-se que a EJA não objetiva simplesmente um preenchimento de vazios e lacunas. Visa a retomada da escolarização com formas alternativas de estudo que propiciem estrutura e confiança ao professor, oportunidade e desenvolvimento produtivo no aluno jovem quanto  no aluno adulto.
A LDB, 9.394/96 determina que o sistema assegurem oportunidades educacionais para jovens e adultos, mas não explicita sua obrigatoriedade, muito embora essa obrigatoriedade esteja presente no dispositivo do inciso I no artigo 04.
CONCLUSÃO
De qualquer modo, essas oportunidades devem suprir as necessidades educacionais do jovem e do adulto com defasagem escolar. É comum justificar a oferta de cursos da EJA como resgate de uma divida que a sociedade tem com uma parcela da população carente, jovem e adulto que por alguma razão não tem a escolaridade formal correspondente ao ensino fundamental ou médio. Os cursos da EJA devem ser organizados, com currículo apropriado considerando as dificuldades do aluno, seus interesses, condições de vida e trabalho, deve propiciar a compreensão de leitura da realidade, oferecer uma educação ampla vinculada ao mundo da escola, ao convívio social e ao trabalho.                                            
É correto afirmar que a EJA não é um presente, tal como antes a prática das políticas educacionais a viam. Desde a constituição de 1988 tornou-se um direito de todos que não tiveram acesso à escolaridade e de todos que tiveram acesso, mas não puderam completa-la. Em fim, a organização do espaço educacional da EJA deve priorizar a democratização como meta, no sentido de propiciar pleno atendimento da demanda em instituições de ensino, a oferta de educação profissional, garantir a permanência dos alunos até a ultima etapa, com adequada aprendizagem ao longo de todo o curso.

FONTE DE PESQUISA: portal.mec.gov.br/seb/artigopdf
www.bibliotecadigital.ufmig.br


JOSEFA ZULEIDE

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